... de todas as maneiras, memória da pele!

01 maio, 2009

.Fui dormir as 4 da matina, meu corpo ta moido, muita dor, cabeça cansada, já nem sei se é cansaço físico ou emocional. Meus avos foram para o Sana, não os vi saindo mais até aonde eu sei minha avó estava bem animadinha com a ida e eu fico feliz com isso.
Já era para eu estar pelo Rio, andando pelas ruas de Santa Teresa, tomando meu suquinho de laranja ali pelo posto 9 e matando a saudade do encontro comigo mesmo, é sempre assim quando vou ao Rio lá que eu me encontro e lá desabafo o meu eu interior.
Ainda não foi porque tive uns problemas com minha mãe, melhor, fui resolver pendências fincanceiras da minha mãe com o dinheiro que eu ia, |que falta me faz o cartão de crédito que cancelei|, enfim...antes aliviada pela dívida paga do que atormentada pela perseguição do "sou um devedor".
Odeio ver mamãe agindo como se nada estivesse acontecendo quando se tem um treco pra pagar e principalmente quando esse treco esta no meu nome, foi o caso hoje.
Ontem a noitinha vi uma cena aqui na minha rua que me fez pensar muito em todos os valores da vida, ja que falei em pendencias financeiras, me lembrei desses tais valores. Um dos meus vizinhos, se eu não me engano com alguma deficiencia mental, Paulinho, gritando pela rua:_ não foi eu, não foi eu, juro que não foi eu, eu não fiz nada! a mãe gritando correndo atras, batendo...Alguns vizinhos assistindo aquilo tudo como se fosse a cena de mais um capitulo de Ademir tendo suas crises de esquizofrenia na novela Caminhos das Indias, ngm ajudou, nem fez nada... e eu fui tão convarde quanto eles todos ali, permaneci em silêncio, so observei, mesmo querendo muito ir lá e poder ajudar, pelo menos tentar amenizar
. Paulinho juntava as pernas, encostava a cabeça no joelho e ficava se balançando repetindo a msma frase varias e varias vezes, de repente ele saiu correndo e se jogou na frente do carro que estava passando, gritando: _ me mata logo, acaba logo comigo. O carro não o machucou, muito menos o matou...um dos vizinhos foi la e deu um puta show com ele, a mãe tirando, puxando ele e ele tentando sair, sei que quando cosnseguiu, saiu correndo pela rua e sumiu.
Olhei pra'quilo tudo e fiquei me perguntando: _Cara e se eu tivesse ido lá, tentado acalma-lo sera que hoje ele estaria melhor? Se as pessoas tivessem estentido a mão tanto para a mãe dele quanto para ele será que não teria tido um final diferente? Das minhas perguntas tive a minha resposta, o ser humano quanto mais se passam os seculos, anos , dias fica cada vez mais egosita, menos racional quando o assunto é o outro e sem coração. Tudo bem que isso é culpa do mundo em que vivemos, mais foi o mundo que criamos, entao não existem desculpas...Uns buscam melhorar, mais milhoes,bilhoes,trilhoes estao nem ai pra isso tudo. Desabafo! =)
Confesso que agora to mais tranquila, mais ainda um pouco balançada.
Vou tomar um banho, tomar um suco, comprar minhas passagens e ir ver meu Rio, preciso de ar hoje, preciso sentir a liberdade correr solta com aquela sensaçao de que ela nunca mais vai embora, quero me desprender dos valores sem sentido e das dores prematuras e amanhã abraçar a Minha Portela!